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Ainda estou aqui.

  • Priscila Praça
  • 20 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

No dia 07 de Novembro estreou o filme Ainda Estou Aqui, do diretor Walter Salles. O filme é uma adaptação do livro Ainda Estou aqui, de Marcelo Rubens Paiva. Até a última semana, o filme já foi assistido por mais de 1 milhão de pessoas no Brasil, um recorde para o período de exibição. Nas redes sociais, vemos pessoas emocionadas indicando o filme e torcendo para que seja premiado.

O filme conta a história do desaparecimento de Rubens Paiva(Selton Mello), ativista político sequestrado e morto pela ditadura militar. No entanto, o filme não conta somente a história de um ativista político mas, acima de tudo, a história de uma família atravessada por esse desaparecimento e de um luto que parece não ter fim.

Eunice(Fernanda Torres) encontra forças nos filhos e em si mesma para buscar as respostas sobre o desaparecimento de seu marido. Muda de vida, de casa, de cidade e encontra, 25 anos depois, o fechamento deste luto tão doloroso através do reconhecimento da morte e emissão da Certidão de Óbito de Rubens Paiva.

Em uma das cenas, após a família ter em mãos o documento que concretiza o falecimento, dois dos filhos conversam sobre o momento em que internalizaram a morte de seu pai. Por não ter essa concretude através do corpo e dos rituais, a elaboração da morte fica ainda mais difícil, fazendo com que o processo de luto dure por anos, permanecendo na fase de negação.

Por fim, o filme mostra fotos reais e refeitas da família com a música "É preciso dar um jeito, amigo", de Erasmo Carlos. Para além do contexto político da época, a música fala sobre alguém que precisa seguir apesar de tudo. Assim como no processo de luto, precisamos encarar a dor para entender o que restou de nós. Quem nos tornamos depois de tudo.









 
 

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